A tecnologia deepfake vem se destacando como uma das mais recentes e perigosas ferramentas no arsenal dos criminosos cibernéticos. Utilizando inteligência artificial, os deepfakes permitem a criação de vídeos, áudios e imagens extremamente realistas, simulando o rosto e a voz de pessoas conhecidas. Isso torna difícil para o consumidor comum distinguir o que é verdadeiro do que é manipulado.
Deepfake é uma técnica de edição digital que usa inteligência artificial para sobrepor rostos e criar vídeos falsos com alta precisão: “Essas manipulações são feitas para parecerem extremamente reais, o que aumenta a confiança das vítimas”, explica Luana Tavares, CEO do Instituto Nacional de Combate ao Crime Cibernético (INCC). Ela é a convidada do programa Consumo em Pauta dessa semana.
A tecnologia pode ser usada para fins legítimos, como em produções de cinema e para criar avatares digitais, mas também é frequentemente usada para cometer fraudes e manipular informações. A aplicação de deepfakes em crimes cibernéticos tem crescido exponencialmente. Imagine ver um vídeo de uma figura pública anunciando uma promoção ou uma causa social pedindo doações. Pode parecer legítimo, mas a pessoa no vídeo nunca disse nada daquilo.
Criminosos usam essa tecnologia para enganar consumidores, usando rostos conhecidos para promover falsas ofertas ou solicitar pagamentos. Conforme explica Luana Tavares, o deepfake explora a confiança natural que as pessoas têm em figuras públicas para aumentar a taxa de sucesso do golpe. “A sofisticação dos deepfakes cria uma sensação de segurança no consumidor, que acredita estar recebendo informações de uma fonte confiável”. Isso faz com que o consumidor, muitas vezes, aja por impulso, fornecendo informações pessoais ou realizando pagamentos que nunca chegarão ao destino verdadeiro.
O programa Consumo em Pauta é apresentado pela jornalista Angela Crespo todas as segundas, às 17h, com reapresentações diárias em mesmo horário e, aos finais de semana, às 14h, na Rádio Mega Brasil Online.
O programa também é disponibilizado, simultaneamente com a exibição de estreia, no Spotify, e em imagens, na TV Mega Brasil.